Índia, Om Beach (Gokarna), dia 29

como prometido foi o fim da Índia, o fim da Índia real.
cansei-me de indianos cansados, mauzinhos e resignados com a profunda maldade desta sociedade e mais me cansei das hordas de ocidentais ignorantes e desorientados que em vez de buscarem dentro de si as respostas vêm a estes ashram's de pacotilha comprar mitologias prêt-à-porter incompreensíveis para todos os não iniciados.
no mar tudo é diferente, nove dias em Goa, com boa música (Hekuly Zé), boa comida e cerveja recuperaram-me para a maravilhosa frase de A. Camus: "nos homens há sempre mais a admirar do que a desprezar".
para tentar perceber que parte desta liberdade é apenas o efeito tuga-Goa e que parte é mar e sul da Índia vim até ao estado a sul de Goa, até à cidade santa Gokarna em Karnakata:
a liberdade vem do mar, os povos do mar são melhoras, mais ricos e mais livres!
Om Beach, praia semi-deserta, cabanas e coqueiros, gente simples e boa; fiz nudismo tranquilamente e fico a imaginar quantos milhares mais de praias haverá como esta pelo infinito sul da Índia.
quarto muito decente com casa de banho e mosquiteiro por 6 euros, pequeno almoço por 1,5, almoço por 2,5 (Tali vegetariana) e o jantar há-de ser opíparo, um delicioso Red Snapper grelhado por 5 euros, no final da noite uma decente  Kingfisher  bem simpática para a Índia da renúncia ao prazer e se Deus for grande e bom  talvez alguém toque violão junto a uma fogueira acesa na noite da praia.
pode-se pedir mais?
pode e infelizmente há quem peça... esses são os que precisam criar deuses e enquanto vivem estão condenados a ser infelizes!

deixo um video do concerto do Hekuly Zé,

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