Sofia

à minha avó Sofia
Senhora, obrigado pelo resgate das águas,
pelas tardes de Verão à sombra das mimosas;
pelos cuidados e o sorriso fácil
pelo menino adoptado à vida.

Senhora, obrigado por seres
sem razão para ser,
a correcção possível do Mundo
quando se espera apenas um inferno.

Senhora, obrigado por teres sido a outra
mãe, eterna enquanto houver dias e noites,
e os meus olhos que viste, virem
não serás esquecida, vives em mim.

Lisboa, 08 de Maio de 2011

Comentários

Mensagens populares deste blogue

As mulheres de Camus ( II )

Doce vadia

O grilo e a vontade