Coral

Os poetas são desperdícios dos deuses
poeira de coral e velhas estrelas
junções improváveis e desnecessárias
(o desejo afoga em agonia os sois de ontem).

Ecos de luz distante "comme si elle
étais aussi poussière d’étoiles"
e pudesse sera outra
ao cerrar dos olhos cansados.

"Elle aussi" na última paragem
antes dos dias solitários que virão.
É preciso saber dizer o indizível
o que não se pode nem pensar.

Lisboa, 26 de Novembro de 2011

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