Não entre tão depressa nessa noite escura (Do Not Go Gentle Into That Good Night)
Não entre tão depressa nessa noite escura;
A velhice queima e estressa ao fim do dia:
Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura.
Entanto sábios ao final sancionem a tarde madura
Porque suas palavras não lavraram luz, eles
Não entram tão depressa nessa noite escura.
Boa gente, ao último aceno, clama o quanto dura
A chama de seus feitos vãos valsando na angra verde,
Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura.
Rufiões que colhem e cantam o sol que perfura,
E aprendem, demais tarde, que o molestam em sua senda,
Não entram tão depressa nessa noite escura.
Homens graves, à morte, que vêem às escuras
Olhos cegos a chamejar meteoros e ser felizes,
Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura.
E tu, meu pai, lá nas tristes alturas,
Maldiz-me, bendiz-me com teu duro pranto, peço.
Não entre tão depressa nessa noite escura.
Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura.
Tradução: Ruy Vasconcelos
A velhice queima e estressa ao fim do dia:
Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura.
Entanto sábios ao final sancionem a tarde madura
Porque suas palavras não lavraram luz, eles
Não entram tão depressa nessa noite escura.
Boa gente, ao último aceno, clama o quanto dura
A chama de seus feitos vãos valsando na angra verde,
Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura.
Rufiões que colhem e cantam o sol que perfura,
E aprendem, demais tarde, que o molestam em sua senda,
Não entram tão depressa nessa noite escura.
Homens graves, à morte, que vêem às escuras
Olhos cegos a chamejar meteoros e ser felizes,
Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura.
E tu, meu pai, lá nas tristes alturas,
Maldiz-me, bendiz-me com teu duro pranto, peço.
Não entre tão depressa nessa noite escura.
Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura.
Tradução: Ruy Vasconcelos
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