Sabedoria
François Boscher: Você prepara igualmente um livro mais íntimo.
Michel Onfray: Um projecto que poderá mesmo apagar a totalidade dos meus livros precedentes, saído de meditações e reflexões, do meu luto depois da morte do meu pai, ou seja, dois anos. Eu não sou cristão nem sequer crente, não tenho o sentido da transcendência... mas ao mesmo tempo isso mudou as coisas. Esse livro, que se chamará provavelmente Cosmos, será um convite a ir para além dos livros, dizendo que é talvez tempo de ler o céu, as plantas, a Natureza, o mundo. Se não entendemos que não somos nada no cosmos, se continuamos a acreditar que somos tudo, completamente ego-centrados... não saberemos viver bem, nem morrer bem. O meu pai entendeu-o, é a lição que ele me transmitiu pelo exemplo. A sua serenidade, a sua rectidão, tudo coisas que me fazem dizer que não é mau viver-se assim... Certas passagens reportar-se-ão à morte, como a preparar - penso aqui em mim próprio - porque, claro há uma cinquentena de livros...
François Boscher: ... mas também 53 anos. Você chega a uma certa forma de sabedoria?
Michel Onfray: De uma certa maneira, sim. Há os livros, mas se depois de uma certa idade não aprendemos nada da vida, é porque porque desperdiçámos uma vida. Este livro, alimento-o todos os dias... Eu tomo o meu tempo, mesmo que saiba que os meus dias estão contados.
Michel Onfray: Um projecto que poderá mesmo apagar a totalidade dos meus livros precedentes, saído de meditações e reflexões, do meu luto depois da morte do meu pai, ou seja, dois anos. Eu não sou cristão nem sequer crente, não tenho o sentido da transcendência... mas ao mesmo tempo isso mudou as coisas. Esse livro, que se chamará provavelmente Cosmos, será um convite a ir para além dos livros, dizendo que é talvez tempo de ler o céu, as plantas, a Natureza, o mundo. Se não entendemos que não somos nada no cosmos, se continuamos a acreditar que somos tudo, completamente ego-centrados... não saberemos viver bem, nem morrer bem. O meu pai entendeu-o, é a lição que ele me transmitiu pelo exemplo. A sua serenidade, a sua rectidão, tudo coisas que me fazem dizer que não é mau viver-se assim... Certas passagens reportar-se-ão à morte, como a preparar - penso aqui em mim próprio - porque, claro há uma cinquentena de livros...
François Boscher: ... mas também 53 anos. Você chega a uma certa forma de sabedoria?
Michel Onfray: De uma certa maneira, sim. Há os livros, mas se depois de uma certa idade não aprendemos nada da vida, é porque porque desperdiçámos uma vida. Este livro, alimento-o todos os dias... Eu tomo o meu tempo, mesmo que saiba que os meus dias estão contados.
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