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A mostrar mensagens de dezembro, 2011
O escritor de Friburgo Michel Bavaud converte-se ao ateísmo aos 80 anos (traduzido)
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 O escritor cristão, chegado ao entardecer da sua vida, divorcia-se do cristianismo e fala de Deus como de “uma bela miragem"   Patrick Chuard | 12.12.2011 | 00:00    Pedagogo e escritor de Friburgo, Michel Bavaud lança uma pedra na pia de  água benta. Envolvido há décadas com a Igreja católica, ele conta como  se tornou ateu num livro onde acerta contas com Roma e a religião. O seu  trâmite pretende ser um “sair do armário” pessoal mais do que um acto  de militância, assegura ele, na sua cozinha de Treyvaux (FR) coroada  ainda por um crucifixo. Diálogo com um «Indignado» da fé.          Você escreve que teria sido mais razoável deixar a fé «nas pontas dos pés, como tantos outros». Porque não o fez?     Não dizer que me tornei ateu seria uma mentira e uma cobardia. Muita gente veio ao longo dos anos pedir-me conselhos espirituais. Há religiosos entre os meus amigos. Seria desonesto não dizer o que penso realmente. Pode-se comparar com um homossexual que sente necessidade de fazer ...
Peregrinos
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  Vejo o cortejo dos peregrinos  os de sempre com novas caras  cansados, velhos escravos livres  serviçais frescos de novos senhores.   Junto-me-lhes convicto  sobreviver apenas  crisálida de mopane  regressando à terra.   Alguns ficam pelas estalagens  no caminho, em troca de nada  tratam os cavalos, cozinham  educam os filho do novo amo.   Estarei nos primeiros,  uma gamela vazia  a servir de prato  palha seca de leito.   Levo a velha chibata  disfarçada, cerzida ao peito,  sem uso algum, gesto vão  d'antiga e inútil dignidade.   Por bolor verde  e saudade cinza  de quando vez passo-lhe pano seco  e fantasio banquetes com meninas vadias  em poses indignas das filhas do dono.    Lisboa, 18 de Dezembro de 2011
(sem título)
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  Sinto o caos, a derradeira  das parcas  tecendo-me lentamente a envoltura da alma.  Finalmente um pouco de sossego  no doce refluxo do Mundo.   Excluo-me do jogo de sombras.  Visto-me em nome do belo,  recebo em troca farrapos de frio  fealdade em troncos escuros.   Mas mesmo quando caio  nunca sei se o escuro dos olhos  me salvará realmente de mim  e a cama me resgata à dor.   No lugar do gozo da vida  foi colocada outra coisa,  tenaz como a chuva de Outono,  que me vive colada ao corpo.    Lisboa, 16 de Dezembro de 2011
Como provocar mulheres
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No geral provocação é baseada  no comportamento, embora mulheres tenham a vantagem de demonstrar com  roupas e acessórios: um decote, salto alto, maquiagem ressaltando os  olhos ou a boca, jeito de andar; são artifícios facéis para mulheres se  destacarem das outras e apartir dai utilizar o comportamento  provocativo. Em matéria de provocação não tem como os homens quererem disputar com  as mulheres, nós temos mais tempo expendido nesta área, portanto mais  experiência. Pra nós mulheres, provocar é tão normal que, algumas acabam  esquecendo de evoluir do estágio de provocação e caem no rotúlo de Sweet  ass. Mas, quero divagar é sobre o como vocês homens podem provocar nós  mulheres. Um leitor sugeriu o tema por msn, portanto aqui estou… Acredito que ninguém negaria que a provocação está entre as três  coisas mais instigantes do relacionamento, digo isso dado ao fato de  diversas pessoas assumirem que têm maior interesse naquelas pessoas que  apenas dão a entender, que não deixam extrem...
A morte não nos diz respeito (Carta a Meneceu)
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Epicuro a Meneceu, saudações. Que nenhum jovem adie o estudo da filosofia, e que nenhum velho se canse dela; pois nunca é demasiado cedo nem demasiado tarde para cuidar do bem-estar da alma. O homem que diz que o tempo para este estudo ainda não chegou ou já passou é como o homem que diz que é demasiado cedo ou demasiado tarde para a felicidade. Logo, tanto o jovem como o velho devem estudar filosofia, o primeiro para que à medida que envelhece possa mesmo assim manter a felicidade da juventude nas suas memórias agradáveis do passado, o último para que apesar de ser velho possa ao mesmo tempo ser jovem em virtude da sua intrepidez perante o futuro. Temos portanto de estudar o meio de assegurar a felicidade, visto que se a tivermos, temos tudo, mas se não a tivermos, fazemos tudo para a obter. Pratica e estuda sem cessar aquilo que estava sempre a ensinar-te, tendo a certeza de que estes são os primeiros princípios da vida boa. Depois de aceitar deus como o ser imortal e bem-aventurado ...