Que parvo que sou

Descer ao mundo, assim
como vassalo de mim
na corrida desvairada
de saber o céu tão longe.

E assim distante de nós
um solitário devasso, enfrenta
os moinhos de vento que constrói
protegendo-se da insalubridade dos Homens.

Lisboa oferece um lugar
a todos os nossos naufrágios.
A cidade faz de mãe
relutante, gorda e má.

Que parvo que sou
deixar-me ir assim
pelo vento
como uma borboleta descuidada.

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