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Querido fiz xixi na cama! Ou as minhas vergonhosas aventuras no mundo da sexualidade feminina

Altas horas da madrugada peguei na tese de mestrado " Para além da dor: fantasias de prazer, poder e entrega " da Ana Mota (1), que há meses jaz na minha mesa. Achei curioso que o Freire diga no livro Fantasias eróticas. Segredos das mulheres portuguesas , Lisboa, A Esfera dos Livros que o Albuquerque diz que " Alguns estudos nesta área apontam para uma prevalência da submissão nos homens (à razão de vinte submissos para um dominador), enquanto, nas mulheres, os números revelam o contrário (há mais dominadoras do que submissas) ". Fui pesquisar e caí neste post pavoroso. E lembrei-me de que nunca me disseram: - Querido fiz xixi na cama! Mas podiam ter dito... --- Faço a minha declaração de interesses: Sempre fui fraquinho na cama e não tem havido melhorias. Assemelho-me aliás ao meu pequeno mestre, Montaigne que tinha um "sexo curto, também não muito grosso (...) pequeno que logo se torna inoperante"(2). Mas Montaigne torna-se especialis...

Pornochacha

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A coisa foi-me apresentada assim: - Todos los trintañeros quieren una pornochacha , disse-me a minha pornochacha*. - O que é uma pornochacha, perguntei eu? Após alguma investigação aqui fica uma foto e uma reportagem da TV4. Para finalizar um registo histórico. Antes uma puta era uma puta. Tinham dignidade. (*) Chacha em castelhano é "empregada doméstica" em português,

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I Amélia Amélia tem pela frente a longa noite do soldado de sentinela, a noite da enfermeira. Lá fora está a beleza do meio da Primavera, mas aqui cruzam-se dores, misérias e esperanças desrazoáveis. Há anos que é enfermeira do exército. Cada noite, Amélia faz a rotina que lhe ensinaram: receber o turno, ler os relatórios de enfermagem, dar a medicação, trocar umas palavras com os soldados internados e preparar a medicação seguinte. Mais tarde, na quietude da madrugada fará os seus relatórios. Pelas 2h00 da madrugada o silêncio do hospital é entrecortado por algum gemido ou murmúrio do paciente do quarto 113. Amélia tem medo de pensar. Na madrugada não tem como não se deixar tomar pela sua alma. Um a um, os seus fantasmas apresentam-se, sem serem convidados. Um deles, um velho autoritário e sábio diz-lhe: - Eu conheço-te bem, disfarçaste-te mas não enganas ninguém: nasceste puta, para servir e ser usada. Arranjaste este trabalho para disfarçares os teus impulso ...