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Quatro saetas

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Na voz de um cigano: A SAETA Disse uma voz popular Quem me empresta uma escada Para subir ao altar Para tirar os cravos De jesus, o nazareno? Oh! a saeta ao cantar Ao cristo dos ciganos Sempre com sangue nas mãos Sempre por desencravar. Canto do povo andaluz Que todas as primaveras Anda pedindo escadas Para subir à cruz. Canto da terra minha Que lança flores Ao Jesus da agonia Que é a fé dos meus anciões*. Oh! não és tu o meu canto Não posso cantar nem quero A esse Jesus da cruz de madeira Mas sim ao que andou sobre o mar. (*) Os ciganos vivem em clã e têm respeito reverencial pelos anciões Num dueto do autor com um brasileiro (Fagner): O original de Joan Manuel Serrat quando ainda tinha voz:  E uma surpreendente de Miles Davis:

Caminhante não há caminho

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Caminhante, são teus passos o caminho e nada mais; Caminhante, não há caminho, faz-se caminho ao andar. Ao andar se faz caminho, e ao voltar a vista atrás se vê a senda que nunca se voltará a pisar. Caminhante, não há caminho, apenas sulcos de escuma no mar. Antonio Machado A versão de Joan Manuel Serrat no álbum de tributo a António Machado: https://www.youtube.com/watch?v=vIEUWDYVpHg