Não será surpresa, para os participantes numa conferência  a que assisti recentemente, que o pacote de resgate  para a Grécia, aprovado há um ano,  não tenha solucionado os problemas da dúvida do país. Organizado pela sociedade civil grega, aquele evento lançou um apelo a que a Grécia, e agora a Irlanda, abram  uma discussão pública sobre a dívida e sobre a verdadeira equidade e legitimidade desta. Activistas do Brasil, Peru, Filipinas, Marrocos e Argentina disseram aos ativistas gregos para se manterem firmes e não embarcarem numa devastadora  recessão de 30 anos, por imposição de instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional. O crescente  movimento europeu de oposição aos pagamentos da divida e à austeridade está a estabelecer  ligações concretas com grupos do Sul, a nível mundial, e denota  uma confiança e uma racionalidade que estão a quilómetros de distância das demonstradas pelos governos da Grécia e da Irlanda, que, para poderem pagar aos banqueiros irresponsá...