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Carpe diem (Ode a Leucónoe)

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Não indagues, Leucónoe, ímpio é saber, a duração da vida que os deuses decidiram conceder-nos, nem consultes os astros babilônicos: melhor é suportar tudo o que acontecer. Quer Deus te dê muitos invernos, quer seja o derradeiro este que vem fazendo o mar Tirreno cansar-se contra as rochas, mostra-te sábia, coa os vinhos, corta a longa esperança, que é breve o nosso prazo de existência. Enquanto conversamos, foge o tempo invejoso. Desfruta o dia de hoje, acreditando o mínimo possível no amanhã. Horácio Tradução de Péricles Eugênio da Silva Ramos e  adulterada por mim... Adicionar legenda   Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati. seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam, quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida aetas: carpe diem q

O corpo é a grande verdade

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"Tu dizes «eu» e orgulhas-te desta palavra. Mas há qualquer coisa de maior, em que te recusas a aceditar, é o teu corpo e a sua grande razão; ele não diz Eu, mas procede como Eu. Aquilo que a inteligência pressente, aquilo que o espírito reconhece nunca em si tem o seu fim. Mas a inteligência e o espírito quereriam convencer-te que são o fim de todas as coisas; tal é a sua soberba. Inteligência e espírito não passam de instrumentos e de brinquedos; o Em si está situado para além deles. O Em si informa-se também pelos olhos dos sentidos, ouve também pelos ouvidos do espírito. O Em si está sempre à escuta, alerta; compara, submete; conquista, destrói. Reina, e é também soberano do Eu. Por detrás dos teus pensamentos e dos teus sentimentos, meu irmão, há um senhor poderoso, um sábio desconhecido: chama-se o Em si. Habita no teu corpo, é o teu corpo. Há mais razão no teu corpo do que na própria essência da tua sabedoria. E quem sabe por que é que o teu corpo necessita da e

A pílula, esse desastre

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A partir de leituras e da experiência já me tinha apercebido que a pílula anti-concepcional era um desastre para as mulheres de líbido débil porque lhes mantém a líbido em níveis baixos durante todo o ciclo menstrual. Na prática é como se estivessem sempre hormonalmente grávidas. Hoje o público traz um artigo brutal sobre o assunto, atente-se na conclusão: "... a contracepção hormonal diminui o desejo sexual das mulheres : “a frequência com que estas mulheres têm relações sexuais diminui de 12 para oito vezes por mês”. Além disso, parece haver “relações directas” entre a contracepção hormonal, a perturbação do desejo, a aversão sexual e as experiências sexuais indesejadas . Ou seja, “93% das participantes vítimas de violação apresentam disfunção sexual e aquelas que usam contraceptivo hormonal têm uma probabilidade 2,6 vezes superior de vir a sofrer de diminuição do desejo sexual, quando comparadas às que recorrem a outro método contraceptivo”". Há uns tempos o Pa

Recordes e Curiosidades Sobre Sexo

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Demócrito de Abdera - o grande riso

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Democritus , por  Hendrick ter Brugghen , 1628 "... uma ética hedonista, essa ética reside na declaração da alegria ( euthymía ) como finalidade da moral, ao que Demócrito de Abdera acrescenta a utilidade como critério de bem." "... uma franca e clara metafísica da esterilidade, Demócrito convida a não procriar: é impossível educar com sucesso. É uma tarefa que está acima das possibilidade de qualquer um. Ninguém consegue cumprir correctamente com ela. E uma educação frustrada, sobretudo quando se trata dos próprios filhos, é uma verdadeira fonte de chatices! (...) Para aqueles que sentem de forma mais aguda os pruridos familiares, o filosofo aconselha a adopção de um filho de outrem..." "Não temer nada nem ninguém, nem aos deuses nem aos senhores, não empreender nenhuma tarefa que esteja acima das suas forças e dos seus meios; conhecer os seus limites e apontar ao realizável; não perder a alma em prazeres cuja satisfação leva seguramente a insati

A história de O

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Antes das 50 sombras era assim, o filme:  

De cagar a rir

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Aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós

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Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim: Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: - Ladrões, ladrões, malditos ladrões! Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim. E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: - É um louco! Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua. Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei:  - Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!  Assim me tornei louco. E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: A liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido