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Tornar a razão popular

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Estamos rodeados de mitos, intuições mal formadas e superstições diversas. Fazem-se as afirmações mais extraordinárias e fornecem-se provas aristotélicas débeis, indícios diáfanos, sinais ambíguos... "Deus é bom", porque os antigos disseram. "Há fantasmas" porque ouvi barulhos em casa... e por ai fora. Todos esquecem que afirmações extraordinárias exigem provas igualmente extraordinárias! A razão é a única arma que temos, nada mais. Essa estranha ferramenta que se contradiz logo que se afirma é o único salva-vidas à nossa disposição, poucos o apanham e quase sempre sem admitirem preferir morrer afogados. Pag 9 - A ignorância prende e o saber liberta      13 - A universidade francesa de hoje continua cousiniana      37 - A filosofia como substituto actual dos grandes discursos totalizantes (psicanálise, marxismo, cristianismo)      38 - A Bíblia e O Capital empalidecem enquanto o Corão brilha.      39 - A crescente demanda de filosofia.      57

A ordem libertária, A vida filosófica de Albert Camus

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L'Ordre Libertaire de Michel Onfray Página 14 "... como nos podemos conduzir quando não se acredita nem em Deus nem na razão." 17 Ultrapassar o nihilismo pela fidelidade à Terra, pela memória da infância, por uma inscrição na ancestralidade e uma filosofia positiva. 24 "Para ele [o filósofo] o verbo faz-se carne, acto, acção, senão não serve para nada. 25 "A lenda de Camus é negativa: ela diz mal de um homem bom- como a de Freud é positiva, diz bem de um homem mau." 27 Camus: "Há assim uma vontade de viver sem recusar nada da vida que é a virtude que honro mais neste mundo." 30 A assinatura existencial de Camus é a intolerância a toda a forma de injustiça. 33 "Não é fácil tornar-mo-nos o que somos." 35 Pena de morte: "Os homens denominam esta vingança , a justiça" ( 6 lts de sangue) 36 "... indivíduos inumanos que reprovam a

Calígula (de Albert Camus)

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pg 22   Calígula: "Este mundo, tal como está feito, não é suportável. Tenho necessidade da lua."      23   Calígula: "Os homens morrem e não são felizes."      31   Calígula: "Governar é roubar"      36   Calígula: "Os homens choram porque as coisas não são como deviam ser."      57   Calígula: "... todas as horas ganhas sobre a morte são inestimáveis."      61   Cherea: "Não há paixão profunda sem crueldade"      82   Calígula: "A solidão! Que é que tu sabes da solidão? A dos poetas e a dos impotentes. A solidão? Mas qual? Ah, tu não sabes que nunca se está só! E que nos acompanha sempre o mesmo peso do passado e do futuro. "      90   Os Patrícios: "... a verdade deste mundo que é a de não ter nenhuma..."      93   Cipião: "Posso negar uma coisa sem (...) retirar aos outros o direito de acreditarem nela."      110 Cherea: "Porque tenho o desejo de viver e de ser feliz."

A sabedoria das abelhas. Primeira lição de Demócrito

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La Sagesse des abeilles (A sabedoria das abelhas) começa sobre o túmulo de um pai morto e termina nos astros, passando por um trajecto em direcção à estrela polar, um nascimento num quarteirão de bois decompostos, uma reencarnação de homens doces, a alma de um morto como condição de possibilidade da eloquência de um filho, uma meditação sobre o cosmos e as figuras do destino, uma anti-fábula das abelhas, uma cerimónia orgíaca destinada a iniciados, libações em honra dos solstícios, uma celebração das republicas das moscas do mel, uma genealogia do mal, uma lição dada por um  enxame… Em modo lírico e poético, este texto, destinado a ser levado à cena por Jean-Lambert-wild na Comédie de Caen, toma lugar, depois  de Le Recours aux forêts , como a premiera lição de um Demócrito que começou a examinar o ceu  para aí encontrar as lições dadas pelo cosmos aos homens. Esta sabedoria dada pelas abelhas convida ao super-homem - que é simplesmente  o conhecimento do papel arquitetónico
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“E abertamente entreguei o meu coração à terra grave e sofredora, e muitas vezes, na noite sagrada, prometi amá-la fielmente até à morte, sem medo, com a sua pesada carga de fatalidade, sem desprezar nenhum dos seus enigmas. Dessa forma, liguei-me a ela por um elo mortal.” Hölderlin A morte de empédocles

Albert Camus

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Novo livro de Onfray. Clicar sobre o primeiro desenho para ver uma entrevista de François Busnel a Michel Onfray.

Montaigne: "A coisa mais importante do mundo é saber ser si próprio"

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Li de um fôlego "Montaigne" de Stefan Zweig, da editora Acantilado e segue-se essa tristeza que me assalta, a miude, após a leitura de um grande livro. constato o percurso extraordinário desse meu irmão que viveu anteontem, Montaigne na sua torre e fora dela: "O mundo de antes de ontem é o de hoje, e será também o de amanhã: as intrigas políticas, as calamidades da guerra, os jogos de poder, a estratégia cínica dos poderosos, o encadeamento das traições, a cumplicidade da maior parte dos filósofos, os homens de Deus que se revelam homens do Diabo, a mecânica das paixões tristes - inveja, ciúme, ódio, ressentimento… -, o triunfo da injustiça, o reino da crítica medíocre, a dominação de renegados, o sangue, crimes, assassínio…" (Michel Onfray) vejo Montaigne a escrever: "Cansado do cansaço das misérias do tempo actual que são os sofrimentos ancestrais do mundo, é necessário plantar um carvalho, vê-lo crescer, retirar suas tábuas, vê-las secar e f

Um livro: o longo e tortuoso caminho da invenção do amor no Ocidente

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"El Libro de buen amor narra las andanzas de un clérigo que vive en un dilema morrocotudo: seguir el buen amor (a Dios) o entregarse al loco amor (carnal). Él se debe a su cristiano oficio de guiar las almas hacia la virtud pero no puede reprimir el instinto de buscar ayuntamiento con "hembra placentera". Y no lo tiene fácil. Como le cuesta convencer a las candidatas, el arcipreste eleva una queja formal al dios del amor por publicidad engañosa, desatención y malas prácticas. La cosa cambia cuando contrata alcahuetas, grandes intercesoras del trato amoroso medieval. Su favorita es la astuta Trotaconventos, con la que establece una provechosa sociedad." in http://cultura.elpais.com/cultura/2010/06/09/actualidad/1276034402_850215.html