Nihil

Reduzidos a um ponto
deslizando cansados
numa trajectória caótica
de noite em noite.

Na alma cindida do corpo
só um nada nos acompanha
outro ponto sobre a toalha
onde fingimos mais um banquete.

E somos conduzidos, lentamente,
de nada em nada, ao nada.





 
Lisboa, 01-Nov-2011

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Doce vadia

As mulheres de Camus ( II )

O grilo e a vontade