Deixemo-nos de queixumes



acordei com um sol magnífico, um sol de Verão de São Martinho.
o corpo continua a falir progressivamente mas poupo-vos à descrição dessa falência  porque ele está aqui para ser gasto e a vida para ser vivida.
ao sair recordei-me que tenho hoje um jantar de caserna. voltarei a rever os meus companheiros, subalternos e superiores, dos meus quase 7 anos de tropa. em particular reverei o cabo Vieira, o meu grande amigo Vieira que me ofereceu a sua amizade de forma simples e séria como sempre viveu e vive a vida. Portugal está em crise e os meus actuais colegas verão os vencimentos reduzidos em 8%  mas o Vieira não, ele nada tem a temer da redução de salários da função pública apesar de ser funcionário público: ganha menos de 1000 euros, a mulher ganha também  menos de 1000 euros, têm 2 filhos e o dinheiro nunca chega até ao fim do mês; o Vieira não se queixa, cerra os dentes e trabalha, algum familiar há-de ajudar, algum biscate extra há-de aparecer
sinceramente já me chateia os queixumes desta classe média. de seguida ouvi o Fernando Alves e compreendi o meu mal estar. oiçam também clicando aqui .

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